sábado, 21 de maio de 2011

Um ensaio sobre o fim

          Um, dois, três... fim. Como será o fim do fim? Será que há realmente o fim ou apenas intervalos para novos ciclos?
          É incrivelmente complexo falar sobre isso. Diante de tantos rumores, estudos e profecias é formidável perceber a influência da mídia e de tudo aquilo que de alguma forma encontra-se incerto, na vida das pessoas. Afinal, somos aquilo que acreditamos, mas devemos estar atentos e seletivos quanto ao que acreditamos...
          Apesar da incerteza, do medo e do mistério que envolve a morte .... acredito que essa foi a maneira encontrada para tornar a situação interessante e inusitada. Isso se partirmos da seguinte ideia: Imagine viver toda uma vida, construir planos, concretizar sonhos, vivenciar amizades e amores para seguir uma trajetória com um "final" pré-meditado?Não teria graça, pois a graça está nas possibilidades que vamos construindo ao longo do caminho. 
         Outra coisa, sabe aquela pergunta que sempre nos fazem... o que você faria se tivesse apenas 1 último dia? Não pense só nas coisas que você faria em um dia, mas sim nas que você faria se tivesse até menos de um dia ... É importante pensar nessas coisas, afinal traçamos muito à longo prazo e esquecemos que a vida tá acontecendo aqui, agora e muitas vezes não nos damos conta disso. É como se não  tivéssemos consciência de que fazemos parte da história, mas talvez muitos nem cheguem a perceber, afinal, eles não se viram nas páginas dos livros de história...
         Portanto a lição que quero deixar é ... planeje, mas não esqueça das possibilidades à curto prazo, viva intensamente e não importa se o mundo vai acabar amanhã ou daqui a 100 bilhões de anos... o importante é que você encare o fim como uma possibilidade de renovação, um recomeço e mais ainda, que você esteja satisfeito com o que faz a cada dia...

 "É bom  olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer, é bom olhar pra frente, é bom nunca é igual, olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascendo..."


                                                                                              Jeane Constantino

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Quando vi o título, algo ja me dizia que o texto era teu, jei.

    Não sei, eu nunca pensei na morte como um fim, pq se vc parar pra pensar, ninguem sabe se ele existe realmente.
    "o fim é belo, incerto... depende de como você vê"
    Sabe as pessoas, custam a creditar que viveira minha vida normalmente se descobrisse que tinha apenas um dia de vida. Mas assim que eu penso. As coisas que quero dizer, ja disse. Não costumo adiar o que é importante pra mim
    "Se o mundo acabar hoje, eu estarei dançando..."

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  3. É curioso como as pesssoas temem o fim, mas vivem constantemente essa sensação: o fim da gestação, o fim da adolescência, o fim das férias, o fim de semana, o fim do ano, o fim de um relacionamento, o fim de um trabalho, o fim de uma amizade...enfim, tantos "fins" nos movem, não é mesmo? E se atentarmos para todos eles, veremos que com o fim sempre existe um começo: o começo de uma vida, o começo da juventude, o começo da volta ao trabalho, o começo da semana, o começo de um novo relacionamento, o começo de um novo trabalho, o começo de uma nova amizade. Ou até mesmo o recomeço.
    O fato é que pensar na morte como um fim é ter a certeza de que um novo começo virá...Então, sendo a morte mesmo uma certeza, nossas angústias deveriam recair para o que vem após ela. Mas esse papo já adentra em questões espirituais, surperticiosas e misteriosas. E não é para isso que quero chamar a atenção...
    Se o mundo vai acabar quero ter ainda tempo de amar, conversar com uma companhia interessante, namorar, dormir, cantar, assistir a um belo filme, rir da vida, ler um pouco, fazer compras, comer um comida gostosa, andar de bicicleta e brincar de "esconde-esconde".
    E assim, desejo que o mundo ameace acabar todos os dias, pois estarei fazendo tudo isso enquanto o fim não chega...

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